domingo, 29 de setembro de 2013
sábado, 28 de setembro de 2013
sábado, 21 de setembro de 2013
domingo, 15 de setembro de 2013
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Lisboa
A água corre aprisionada entre margens... mais estreitas, mais largas mas sempre limitadoras, jorra nas fontes numa liberdade ilusória, numa fuga vã...
Liberdade... quando escorre pelas ruas, deslizando pelas calçadas, evaporando, tornado-se nuvem maior de pérolas transparentes.
Liberdade, quando cai nos telhados, nas árvores, molhando ramos secos, esperança de um renascimento. É molhar pássaros e gente e crianças correndo... é invadir abrigos, extravasar ribeiros, galgar margens, subir marés em mil ondas gigantes antes de se aquietar de novo, em margens mansas...calmas, de ribeiros quietos onde peixes convivem com rãs no mesmo chapinhar!
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
domingo, 1 de setembro de 2013
LUA ADVERSA
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Cecília Meireles
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Cecília Meireles
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