quarta-feira, 30 de abril de 2014
segunda-feira, 28 de abril de 2014
domingo, 27 de abril de 2014
segunda-feira, 21 de abril de 2014
sábado, 12 de abril de 2014
Deixa as palavras onde estão.
Imóveis, desarmadas.
Não lhes agites os demónios que nelas dormem
ávidos de despertarem.
Não fales do que és, nem descrevas
coisa alguma. Preserva o que em ti
e nos outros é intocável.
Não deixes que as palavras desfigurem.
Que as palavras mutilem.
Que as palavras viciem.
Que as palavras mintam.
Que as palavras sejam peças
de um jogo em que o desfecho
Imóveis, desarmadas.
Não lhes agites os demónios que nelas dormem
ávidos de despertarem.
Não fales do que és, nem descrevas
coisa alguma. Preserva o que em ti
e nos outros é intocável.
Não deixes que as palavras desfigurem.
Que as palavras mutilem.
Que as palavras viciem.
Que as palavras mintam.
Que as palavras sejam peças
de um jogo em que o desfecho
É o xeque-mate.
Fernando Namora
Fernando Namora
domingo, 6 de abril de 2014
O que me tranquiliza
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fracção de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exactidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exactidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.
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