quarta-feira, 27 de junho de 2012
GAIVOTA
Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.
Alexandre O’Neill
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2 comentários:
E o sonho Português mais uma vez perdeu-se numa grande injustiça...voa gaivota para longe leva esta tristeza que hoje temos,amanhã outro dia nascerá e trará uma nova alegria, pois a vida tem de seguir.Gosto da tua foto.Bjs amiga.
Fica o orgulho de sabermos que demos o nosso melhor... é bom!
Obrigada pela visita Luís, um beijinho grande para ti :)
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