quinta-feira, 21 de junho de 2012





Vai-te, Poesia! 

Deixa-me ver a vida 
exacta e intolerável 
neste planeta feito de carne humana a chorar 
onde um anjo me arrasta todas as noites para casa pelos cabelos 
com bandeiras de lume nos olhos, 
para fabricar sonhos 
carregados de dinamite de lágrimas. 

Vai-te, Poesia! 

Não quero cantar. 
Quero gritar!


José Gomes Ferreira

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