Vai-te, Poesia! Deixa-me ver a vida exacta e intolerável neste planeta feito de carne humana a chorar onde um anjo me arrasta todas as noites para casa pelos cabelos com bandeiras de lume nos olhos, para fabricar sonhos carregados de dinamite de lágrimas. Vai-te, Poesia! Não quero cantar. Quero gritar!
José Gomes Ferreira
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